Declarações feitas à imprensa pela porta-voz, Vitória Veríssimo.
“Continuam os trabalhos para ultimar as casas, que serão entregues às famílias. Já no dia 2 teremos um primeiro grupo de 36 famílias realojadas. No dia 15 serão mais 14 famílias e, até ao final de Setembro, mais 16 famílias. É um trabalho que será feito de forma gradual, porque depende do término das casas, já que ainda faltavam algumas por terminar na parte da electricidade, da água e do esgoto. Portanto, esta recolocação das famílias nas casas será feita gradualmente”, explica.
Para as famílias realojadas, cujas casas se situam em zonas assinaladas como de risco, Vitória Veríssimo sugere que essas habitações sejam demolidas, evitando que no futuro sejam ocupadas por outras pessoas e que a situação se repita.
A responsável afirma que a avaliação de risco em toda a ilha foi concluída na quarta-feira. Uma equipa de piquete continuará a deslocar-se pontualmente às casas que não foram visitadas ou que tenham sido indicadas pelas próprias populações.
“Os números serão posteriormente avançados após a equipa terminar esse trabalho. O que podemos dizer é que, sim, há várias casas que estão em situação de risco pela localização nas encostas, em sítios onde, numa eventual chuva, como aconteceu no dia 11, poderá haver deslizamento de terras. Portanto, para o Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, são zonas de risco, sim, zonas onde preferencialmente não deveria existir habitação. Mas essa é uma avaliação do Serviço Nacional de Protecção Civil e, depois, passará toda a parte da Câmara Municipal e do ordenamento do território quanto à localização dessas casas”, refere.
As buscas continuam, tanto no mar como em terra, pelas duas pessoas desaparecidas.A porta-voz do gabinete de Crise afirma que a equipa conjunta da Guarda Costeira e de mergulhadores norte-americanos, apetrechada com recursos hidrográficos, assinalou a presença de mais uma viatura no cais de atracação dos navios de passageiros, entre outros objectos.
“Essa recolha terá de ser feita com a máxima urgência. Estamos a realizar esse trabalho agora de manhã, recolhendo essa viatura para permitir a atracação dos barcos de passageiros em segurança. Dizer também que já foram encontrados e assinalados quatro objectos na baía. Para além da grade com garrafas de gás, há também uma rulote, um contentor do lixo e ainda esta viatura, que é a nossa prioridade neste momento por se encontrar na zona de manobra dos barcos. Esta viatura será retirada ainda hoje e, quanto aos restantes objectos, estamos a aguardar porque estão muito presos ao fundo”, explica.
Vitória Veríssimo afirma que o número de viaturas danificadas e recolhidas na baía do Mindelo deverá aumentar, ultrapassando as 51 previamente assinaladas pela Direção-Geral dos Transportes Rodoviários.
A responsável da Protecção Civil refere que os trabalhos de limpeza na Avenida 12 de Setembro continuam, assim como as intervenções da Electra para resolver problemas de roturas em alguns tubos de abastecimento de água.