Informação avançada esta manhã à imprensa pela porta-voz do Gabinete de Crise, Vitória Veríssimo, que explica que os técnicos chegaram este domingo a bordo de uma embarcação e trouxeram um helicóptero que já realizou o seu primeiro voo na ilha.
“Chegou um navio da Marinha Francesa, que estava numa rota normal e, após o anúncio da situação de calamidade e das chuvas em São Vicente, desviou a rota para prestar auxílio. Têm mergulhadores, técnicos mecânicos e engenheiros que, agora, às 8h30, têm uma reunião com a equipa local, com a Guarda Costeira e com o Serviço Nacional, para ver como poderão ajudar e apoiar com esses técnicos, juntamente com as equipas nacionais”, avança.
Os operacionais da Marinha francesa chegam numa altura em que também se encontra em São Vicente um grupo de quatro mergulhadores norte-americanos, a reforçar as buscas na baía pelos dois desaparecidos e por objectos, tendo já identificado uma grade com botijas de gás.
Vitória Veríssimo dá ainda conta da chegada a São Vicente de mais apoio, como materiais e equipamentos médicos provenientes de Amesterdão, capital dos Países Baixos, e dos Estados Unidos.
“Chegou um avião de Amesterdão com material e equipamento médico, que será canalizado, obviamente, para a saúde. Também chegou um barco dos Estados Unidos, e falta fazer a recolha do contentor com material médico para apoio à saúde. Esses materiais serão canalizados pela Delegacia de Saúde, que, posteriormente, fará o devido encaminhamento dos mesmos”, aponta.
Ainda no capítulo da saúde, a responsável alerta para a não frequência das praias assinaladas com bandeira vermelha, uma vez que foram invadidas pelas enxurradas, pelo esgoto e pelo lixo, o que coloca em causa a saúde pública.
“As praias estão todas com bandeira vermelha, porque as águas foram afectadas pelas chuvas e pelo esgoto. O areal das praias também foi afectado. Por isso, a saúde pede às pessoas cuidado para não irem às praias, não se banharem e não utilizarem as praias, que normalmente acontece nesta altura do ano, no mês de Agosto, é muito calor, nós sabemos, mas pode haver contaminação, que pode trazer doenças não só a nível da pele, mas também da saúde respiratória; não se sabe o que está presente nas águas”, recomenda.
Os militares da Marinha Portuguesa, que se encontravam em São Vicente desde o dia 15 para apoiar as vítimas dos estragos causados pelas fortes chuvas na ilha, partiram este fim de semana.
Vitória Veríssimo refere que as autoridades no terreno continuam as buscas pelas pessoas desaparecidas, bem como o mapeamento de toda a baía do Porto Grande, a recolha de entulhos e o esforço para resolver os problemas nos sistemas de esgotos.
De acordo com a porta-voz do Gabinete de Crise, as equipas de avaliação continuam no terreno, enquanto a Polícia Nacional mantém o patrulhamento e garante a segurança dos espaços comerciais afectados pelas chuvas.