A informação foi avançada pela porta-voz, Vitória Veríssimo, durante o briefing diário.
“As pessoas que são desalojadas e nos nossos centros de acolhimento já vão fazer a assinatura dos contratos de arrendamento por tempo indeterminado das suas casas. Esse é um trabalho feito, obviamente, com a Câmara Municipal e com o IFH, mas são essas as primeiras informações. Nesse contrato de arrendamento, as pessoas têm uma isenção de um ano sem o pagamento de renda, exactamente como um apoio aos prejuízos causados pelas chuvas. Os contratos serão feitos nos próximos dias e então será da responsabilidade do EFH, da Câmara Municipal e de toda a equipa que vai trabalhar nesse processo”, explica.
A responsável não revela uma data para a assinatura nem os detalhes do contrato, uma vez que o processo está a ser tratado pela Imobiliária, Fundiária e Habitat (IFH).
As ações no terreno continuam, incluindo a avaliação das zonas de risco, o combate a possíveis doenças e operações de mergulho na baía do Porto Grande para identificar e remover eventuais objetos submersos.
“Estão a formar técnicos para apoiar no levantamento e no registo de possíveis surtos e doenças que possam ocorrer. A Saúde aconselha as pessoas a usarem máscara, porque há muita poeira e essa poeira pode provocar doenças. O mar continua a ser uma das nossas preocupações, evitar os banhos de mar. Relativamente aos mergulhos, continuamos com as duas equipas. Para além da equipa cabo-verdiana da Guarda Costeira, temos a equipa dos Estados Unidos e a equipa francesa a fazer todo o levantamento e a sinalização dos objectos que possivelmente estarão na baía. Esse levantamento decorrerá até quinta-feira e, na sexta-feira, começam então a retirada gradual dos objectos e materiais assinalados, para a sua remoção”, aponta.
Quanto à operacionalização da linha de emergência, 15 dias após a catástrofe, a porta-voz do Gabinete de Crise afirma que ainda não há novidades. Entretanto, Vitória Veríssimo recomenda que, em caso de necessidade, as pessoas se dirijam ao serviço social da Câmara Municipal.
“Não, não há desenvolvimento sobre a linha de emergência. Nós continuamos a trabalhar com a Telecom, porque era uma linha a nível nacional, agora nós temos que restringir, então há várias coisas que temos que acordar com a Telecom, um gabinete, as pessoas, o funcionamento da linha, 24 sobre 24 horas, requer uma equipa grande para fazer esse trabalho. A Câmara Municipal tem toda a parte social, tem os gabinetes e os pelouros e o funcionamento normal da Câmara Municipal. Então, através da área social da Câmara, tem os atendimentos normais para fazê-lo”, diz.
No setor económico, Vitória Veríssimo garante que já foi feito o levantamento dos estragos no comércio informal. Os proprietários vão beneficiar de medidas de apoio do Governo, incluindo o Rendimento Solidário de Emergência de 30 mil escudos por mês durante três meses, subvenções a fundo perdido e uma linha de crédito emergencial garantida pelo Estado, para ajudar na retoma das atividades económicas afectadas.
O Instituto do Mar já fez o levantamento dos pescadores e das peixeiras, bem como dos prejuízos sofridos, para que possam ser compensados.
Quanto às pessoas que perderam as viaturas, Vitória Veríssimo esclarece que devem registar a ocorrência na polícia, seguida de uma avaliação por um mecânico e validação pela DGTR, para que possam receber apoio pela perda dos veículos.