​SNPCB capacita parceiros para avaliação pós-desastre em São Vicente

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,16 set 2025 11:52

Avaliar as necessidades pós-desastre e definir um modelo de trabalho para a recolha de dados sobre danos e perdas após a passagem da tempestade Erin. Alguns dos objectivos do seminário realizado hoje, em São Vicente, pelo Serviço Nacional de Protecção Civil, que reúne instituições públicas, privadas e parceiros internacionais.

Segundo o presidente da Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB), Domingos Tavares, as equipas serão capacitadas para identificar danos e perdas em diferentes sectores, informação essencial para a elaboração de um plano de recuperação resiliente.

“Temos aqui todos os parceiros de diferentes sectores de instituições públicas e privadas, onde, com esse seminário, iremos definir o modelo de trabalho para que todos esses parceiros, no terreno, façam a recolha de dados para saber exactamente como foram os danos, assim como as perdas que tiveram. Com esses dados todos, faremos uma análise e, dessa análise, submetemos esse projecto aos parceiros internacionais, assim como ao Governo, para ver como conseguirmos os recursos para a recuperação resiliente dos sectores”, indica.

O trabalho sucede a uma primeira avaliação de riscos efetuada em 23 zonas de São Vicente logo.

“Porque, numa primeira fase, a nossa intenção era fazer que tivéssemos as coisas a acontecer em São Vicente de uma forma paulatina. Agora, nesse momento, de forma estruturante, vamos saber para cada sector o que é que foram as perdas e qual será o melhor mecanismo para uma recuperação resiliente, de forma que, caso venha a acontecer esse evento que esperamos que não aconteça, tenhamos menos prejuízos do que tivemos agora”, refere.

A recolha no terreno deverá decorrer até meados de Outubro.

Os dados recolhidos serão analisados e depois submetidos ao Governo e aos parceiros internacionais, nomeadamente Nações Unidas, União Europeia e Banco Mundial, com vista à mobilização de recursos para reconstrução e prevenção de futuros desastres.

A representante residente adjunta do escritório conjunto do PNUD, UNFPA e UNICEF, Anna Chyzhkova, sublinha a necessidade de preparar o país para eventos extremos ligados às alterações climáticas.

“É importante parar um bocadinho e pensar no que aconteceu, por que aconteceu, o que é que vamos fazer melhor da próxima vez. A mudança climática indica-nos que temos de estar prontos para eventuais acontecimentos parecidos no futuro. Portanto, vamos trabalhar hoje para empoderar colegas, sectores vários, actores nacionais e internacionais, para saber fazer recolha de dados, análise multissectorial e produzir um relatório que, com grande esperança, vai sair com recomendações para o futuro. (…). Vamos sair com recomendações, mas não só hoje, é um processo que vai durar três, quatro semanas”, afirma.

Anna Chyzhkova indica que se espera a produção de um diagnóstico e respectivas recomendações que permitam orientar políticas públicas, mobilizar recursos internacionais e fortalecer a capacidade de resposta do país a futuros desastres.

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,16 set 2025 11:52

Editado porAndre Amaral  em  17 set 2025 23:22

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