Vigilantes de segurança privada exigem cumprimento da lei

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,9 dez 2025 12:29

​Os vigilantes de segurança privada voltam a exigir maior fiscalização ao sector e o cumprimento das leis que regulam a actividade. A posição foi expressa hoje, em São Vicente, durante mais uma concentração realizada na Praça Dom Luís.

Heidy Ganeto, responsável local do SIACSA, lembra que os problemas dos vigilantes se arrastam há vários anos, apesar da existência de um Preço Indicativo de Referência (PIR) e de um Acordo Colectivo de Trabalho (ACT), aprovado em 2021, mas ainda sem plena execução.

“O sector enfrenta os mesmos problemas de há vários anos, já retratados noutras manifestações. É uma luta antiga e ainda não vimos resultados, nem soluções. O sector está abandonado pelo Governo. Pedimos mais atenção, porque os vigilantes precisam de maior acompanhamento e fiscalização”, denuncia.

O sindicalista nota que o Governo é o maior cliente das empresas de segurança privada e considera “inaceitável” que o Estado não garanta o cumprimento dos próprios dispositivos legais.

“O Governo é o principal cliente das empresas de segurança privada e é o primeiro a não cumprir o PIR. As empresas dizem ao sindicato que não aplicam o ACT porque os clientes não pagam o PIR, e isso aponta directamente ao Governo. É um apelo a mais fiscalização, para assegurar o cumprimento dos dois dispositivos aprovados em 2021”, afirma.

O dirigente sindical sublinha ainda que, pela natureza das funções que desempenham, os vigilantes deveriam ter salários mais elevados.

“Outra chamada de atenção que o Governo não está a considerar: quando tens um vigilante nos portos e aeroportos, a controlar e revistar passageiros e bagagens, mas que recebe menos de 22 mil escudos, tens um vigilante, responsável por revistar passageiros, sem condições salariais, e ele pode ser, tenho de dizê-lo, pode ser comprado”, alerta

O ACT prevê a implementação de uma nova grelha salarial, com o salário mais baixo fixado em 17 mil escudos, incluindo subsídio de turno, bem como o descongelamento das progressões e o reenquadramento nas carreiras.

Ganeto lembra, contudo, que “o próprio acordo precisa de ser actualizado”, uma vez que as remunerações actualmente previstas ficam abaixo do salário mínimo nacional.

Concorda? Discorda? Dê-nos a sua opinião. Comente ou partilhe este artigo.

Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,9 dez 2025 12:29

Editado porAndre Amaral  em  11 dez 2025 6:19

pub.
pub
pub.

Últimas no site

    Últimas na secção

      Populares na secção

        Populares no site

          pub.