“Já temos três atas de entendimento por cumprir e, quando vamos lá, somos enganados. A Câmara Municipal está a nos enganar e apontamos o dedo ao próprio presidente. Mas agora vamos à luta e não vamos ceder às mentiras. Estamos abertos ao diálogo, mas já não temos como confiar na câmara. Todas as atas já estão nas mãos de um advogado para encaminhar o caso ao tribunal”, diz.
As reivindicações dos Bombeiros de São Vicente já levaram a classe a agendar vários pré-avisos de greves, alguns desconvocados após diálogo com a autarquia. Heidy Ganeto refere que os três últimos acordos datam de 2022, 2023 e o último a 5 de Agosto de 2024.
“A intenção do presidente era encontrar uma forma de suspender a greve. Temos situações de promoções em atraso desde 2012, o que configura violação do estatuto. Temos défice de pessoal – neste momento, apenas oito efectivos estão em serviço, os outros são voluntários, quando a lei estipula uma corporação de 30 elementos como o mínimo. Também a questão da refeição, que deveria ser dada no turno de zero horas até às 8 horas, continua sem ser atribuída à corporação”, aponta.
Outra questão denunciada pelo SIACSA tem a ver com alegadas situações de assédio moral dentro do próprio comando.
“Reprovamos isso e chamamos a atenção ao presidente da Câmara Municipal para procurar formas de, talvez, ouvir os bombeiros e o sindicato relativamente ao assédio moral criado pelo comandante da corporação. Não sei se podemos mesmo pedir a suspensão do comandante”, afirma.
O SIACSA entende que há pouca vontade política ou administrativa da Câmara Municipal de São Vicente na resolução dos problemas laborais dos bombeiros.