Pereira da Silva explica arresto do 737

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,31 jan 2018 17:39

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737 'Mindelo'
737 'Mindelo'

​João Pereira Silva, ex-presidente do conselho de administração da TACV, admitiu hoje que o arresto do Boeing-737, na Holanda, se deveu à “situação grave de tesouraria” da transportadora aérea nacional.

Segundo João Pereira Silva, a impossibilidade de a TACV recorrer à banca, por causa da “grave situação financeira” e a recusa do Estado, enquanto accionista único, para sustentar a tesouraria, levou à suspensão da companhia aérea nacional da câmara de compensação da IATA.

O antigo gestor da transportadora aérea nacional fez estas declarações durante a audição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada para a averiguar o processo de gestão da TACV, desde 1975.

Na sua perspectiva, ao longo dos anos, o Estado de Cabo Verde tem sido o responsável pela situação da TACV.

“O passivo de 12 milhões é um passivo acumulado durante mais de 12 anos”, esclareceu, acrescentando que a partir de 2012/2013 se inverteu o ritmo de crescimento do passivo da TACV.

De acordo com João Pereira Silva, se tivesse tido a possibilidade de gerir as tarifas, conforme propôs ao accionista, a situação financeira da empresa “seria diferente”, embora não resolvesse integralmente o problema.

Questionado sobre o pessoal da TACV, admitiu que há décadas que a companhia aérea tem uma “situação caótica em matéria de gestão dos recursos humanos”.

“A TACV já tem 59 anos de existência e não sei se alguém da TACV já obteve alguma bolsa para fazer uma licenciatura em matéria de gestão dos transportes aéreos comerciais”, disse.

Pereira da Silva garantiu que durante a sua gestão foi feito um levantamento, área por área, de todos os trabalhadores da TACV, abrangendo os seus salários e funções, assim como um trabalho de cálculo sobre o número de colaboradores que poderiam ser dispensados.

“Isto não se fez porque não houve financiamento por parte do accionista”, explicou João Pereira Silva, acrescentado que o objectivo era reduzir em cerca de 30 por cento o custo com o pessoal.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,31 jan 2018 17:39

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  29 dez 2018 3:22

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