De acordo com uma nota da Comissão Parlamentar de Inquérito, entre outros assuntos, as personalidades auscultadas irão prestar declarações sobre actos de gestão da TACV desde 1975.
Nesta fase, de acordo com o mapa da Assembleia Nacional, estão previstas audições aos actuais responsáveis pela empresa, nomeadamente o presidente do Conselho de Administração da TACV, José Luís Sá Nogueira, o ministro da Economia e Emprego, José Gonçalves, e o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia.
Serão ainda ouvidos o comandante Eduíno Moniz, ex-administrador da empresa, Rui Araújo, antigo assessor jurídico da ex-ministra das Finanças, Cristina Duarte, e Manuel Inocêncio Sousa, ex-ministro das Infra-estruturas. Teófilo Figueiredo e José Maria Veiga também estão na lista.
A CPI tem igualmente agendadas auscultações com antigos gestores e ex- representantes dos pilotos, do pessoal navegante de cabine e funcionários.
Esta ronda de audições acontece após uma primeira fase, em Novembro de 2017, em que foram ouvidos antigos gestores e governantes com a tutela da empresa no período inicial de actividade. Na segunda fase, que decorreu de 29 de Janeiro a 02 de Fevereiro, foram auscultados responsáveis pela empresa num período mais recente.
A Comissão Parlamentar de Inquérito foi criada em Julho, por proposta do MpD, para averiguar os actos de gestão da TACV, antecipando uma outra proposta pelo PAICV.
A transportadora aérea nacional deixou de fazer voos domésticos, que desde Agosto passaram a ser assegurados pela Binter Cabo Verde. Paralelamente, o Governo assinou um acordo com o grupo Icelandair para a gestão da operação internacional da companhia e reestruturação da empresa com vista à sua privatização.