O deputado tambarina afirma que se fez uma análise parcial das contas e da situação da empresa, com o objectivo de condenar os governos do PAICV.
“Os deputados do MpD nesta CPI, de uma forma politicamente tendenciosa, tentaram orientar a conclusão do relatório no que tange aos resultados negativos das operações, para decisões que configuram gestão danosa e má utilização de recursos públicos, ignorando a responsabilidade do Estado em manter a companhia a operar, mesmo que com resultados negativos, como um preceito constitucional de garantia de soberania do país, que não possuía outras alternativas aéreas de ligação entre ilhas e com as nossas principais comunidades na diáspora", observa Sanches.
"A CPI TACV ignorou tudo isto e foi somente às contas de 2001 a 2015, para condenar o governo do PAICV”, acrescenta
José Sanches diz que a situação a que a TACV chegou é resultado de todos o governos da Republica.
“Este relatório é o resultado, deveria ser o resultado, de todos os governos. É por isso que dissemos ontem que o presidente da Assembleia Nacional deve envidar esforços para enviar para a Procuradoria todas as audições feitas na CPI e não só esse relatório, porque esse relatório é parcial”, avança.
O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os actos de gestão da TACV foi apresentado e debatido esta semana, no Parlamento, e responsabiliza os governos do PAICV e a gestão da empresa nesse período pelo estado a que chegou a companhia aérea de bandeira. A CPI ouviu cerca de meia centena de personalidades ligadas à empresa pública.
A TACV atravessa neste momento um processo de reestruturação, para posterior privatização, facto que já levou há saída de várias dezenas de trabalhadores. No total, a companhia pretende dispensar perto de 200 funcionários.