O antigo responsável do planeamento e gestão comercial da Transportadora Aérea Cabo-Verdiana foi ouvido na tarde de ontem na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a companhia de bandeira.
Segundo escreve a Inforpress, Gil Évora, quadro da TACV de 1989 a 1999, foi peremptório ao ressalvar que a gestão da empresa canadiana Starling Marchants, em 2004/05, foi dos piores em todos a história da TACV, comparado apenas com a gerência de João Pereira Silva, nos últimos anos, e que a administração desta empresa “foi o golpe definitivo para o afundamento dos TACV, a tal ponto de tornar irrecuperável a empresa”.
Ainda nas suas alegações, Gil Évora salientou que sempre houve interessados na privatização da TACV, mas que a empresa sofreu muito com os efeitos das alternâncias políticas.
O antigo gestor comercial da companhia, considera que a empresa teve o seu grande salto e melhor momento com a gestão de Alfredo Carvalho, na década de 90. Gil Évora afirma que essa foi a época da transformação, com a companhia a tornar-se internacional, com voos para Estados Unidos da América, França, Holanda e Lisboa.
Gil Évora, que se define como um estudioso da aviação civil, afirma que foi a partir de 1997/98 que a empresa começou a ter resultados negativos, mas que eram efeitos facilmente admissíveis, face ao activo da empresa e o seu capital próprio.