Aos deputados, o comandante Ricardo Abreu enumerou alguns pontos que, no seu entender, contribuíram para os prejuízos da companhia aérea cabo-verdiana.
“Ter um avião durante dois anos, sem voar, enquanto pagava leasing a terceiros, apreensão do avião 737, extinguindo uma frota, permanecendo pilotos em casa - vai completar agora dois anos - a substituição da frota ATR que existia, por um ATR mais antigo e que, depois, veio a finalizar com a extinção da frota, e a forma como foi feita a separação de handling”, exemplificou.
Relativamente ao arresto do 737, em Fevereiro de 2016, na Holanda, Ricardo Abreu disse que o facto apanhou os pilotos de surpresa e que os profissionais continuam à espera de voltar a voar.
“Naturalmente ainda não [voltámos a voar] por não termos o avião. Não foram momentos fáceis para a classe e para esses pilotos que pertenciam a essa frota. Acabaram por sair alguns, já com uma larga experiência", recordou.
Também esta manhã, foi ouvido o comandante Luís Semedo, ex-presidente de Associação dos Pilotos.
Joaquina Almeida, na qualidade de antiga presidente de Associação do Pessoal de Navegante de Cabine de Aviação Civil, era para ter sido ouvida hoje pelos deputados, mas a sua audição foi adiada para amanhã.
A Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar os actos de gestão dos TACV, de 1975 a 2017, foi proposta pelo MpD.