Numa nota emitida pela Presidência da República, Jorge Carlos Fonseca manifesta a “profunda tristeza” que vem acompanhando as noticias sobre a tragédia ocorrida na última sexta-feira na barragem do complexo Mina do Feijão, Brumadinho, em Minas Gerais, cuja derrocada já causou várias vitimas mortais e desaparecidos, entre os quais crianças”.
“Neste momento de grande consternação e sofrimento, permita-me que, em nome do Povo de Cabo Verde e em meu nome próprio, enderece a Vossa Excelência, às famílias das vítimas, e ao Povo amigo e irmão do Brasil, as minhas mais sentidas condolências e a nossa profunda solidariedade por este momento tão difícil e doloroso que o seu País está a atravessar”, lê-se.
No mesmo documento, o chefe de Estado manifesta esperança de que os serviços de busca possam encontrar os desaparecidos e augura breve recuperação aos feridos.
Segundo o mais recente balanço oficial divulgado pela Defesa Civil brasileira, o número de mortos subiu para 65, tendo 31 delas sido já identificadas, havendo ainda 279 desaparecidos, 192 pessoas resgatadas, 386 localizadas e 135 desabrigadas.
As buscas por vítimas encontram-se no quarto dia, e, segundo as autoridades, o número de mortes deve aumentar.
A lama proveniente da ruptura da barragem varreu a comunidade local e parte do centro administrativo da empresa mineira Vale, destruindo o refeitório onde se encontrava uma parte dos funcionários.
A rotura da barragem da empresa de mineração Vale, no município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, ocorreu na sexta-feira e causou uma avalanche de lama e resíduos minerais.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MBA) considerou que a ruptura da barragem em Brumadinho era uma "tragédia anunciada", referindo que já tinha efectuado diversos alertas.
A organização não-governamental salientou que, desde 2015, quando ocorreu uma tragédia semelhante na cidade de Mariana, também no estado de Minas Gerais, que tem vindo a alertar para os riscos na mina em que ocorreu o acidente na barragem e cuja ampliação foi aprovada apesar das advertências.