M´balá Fernandes falava à imprensa após um encontro com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, durante o qual abordaram, entre outros assuntos, a situação da comunidade Bissau-guineense em Cabo Verde, da relação de cooperação entre os dois países, das eleições e pós-eleições na Guiné Bissau e também de uma provável visita de Jorge Carlos Fonseca àquele país, ainda sem data definida.
“O que nos preocupa é a questão da legalização como peça importante da integração, embora reconheçamos que tem havido uma progressão a nível da documentação. Não sei se será da nossa intervenção junto das autoridades, mas tem havido uma progressão do lado do (SEF) Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Ministério da Administração Interna (MAI) no sentido de conceder com rapidez os documentos dos guineenses aqui em Cabo Verde”, avançou M´balá Fernandes.
Apesar de não ter um número exacto, tendo em conta as dificuldades dos seus conterrâneos em fazer o registo na Embaixada, o diplomata estima que 60% dos guineenses que vivem em Cabo Verde estão à espera da documentação de residência.
No entanto, avançou que está expectante que o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, exerça a sua magistratura de influência junto do Governo para acelerar este processo, adiantando que na reunião que manteve com o Primeiro-Ministro e ministro da Administração Interna (MAI) estes “mostraram abertura”.
De acordo com M´balá Fernandes, a Embaixada estima que residam em Cabo Verde cerca de 6.400 guineenses.