A acusação é apresentada por Alcides Graça, que justifica a posição com a alegada degradação dos espaços e a não concretização de obras para melhorias das duas infra-estruturas municipais.
“Estamos aqui na ETAR para mostrar o estado de abandono desta infra-estrutura municipal, e dizer que estamos preocupados com o nível de estagnação do município de São Vicente que não consegue executar aquilo que vem prometendo aos munícipes. Basta ver aqui na ETAR e ver que em Julho ocorreu um acidente grave com uma criança. Na altura foi prometida vedação e estão a ver o estado em que se encontra. Também estivemos na lixeira e vê-se que está completamente abandonada e aquilo que se prometeu, o aterro sanitário, nós não estamos a vislumbrar quando é que vai ser executado”, crítica.
Recordando o acidente que aconteceu em Julho do ano passado e que resultou na morte de uma criança de seis anos, num dos tanques da ETAR, em Ribeira de Vinha, Alcides Graça alerta que o problema de segurança da ETAR continua a representar um perigo iminente para as crianças que habitam nas redondezas.
As políticas da governação local também mereceram a atenção do presidente da CPR do PAICV em São Vicente.
Graça denuncia aquilo que considera ser a estagnação da governação municipal, com alegada ausência de instrumentos de governação local.
“Não consegue, por exemplo, executar um Plano Director Municipal. Há quase 12 anos que [Augusto Neves] está a frente do município de São Vicente e ainda não foi possível aprovar o instrumento, a mesma coisa se diz em relação ao Plano Estratégico para o desenvolvimento (PED) do município que não temos, não recebe investidores externos, não promove parcerias com outros municípios congéneres e aquilo que existe não é aproveitado”, aponta.
Para o PAICV, o actual executivo transformou os recursos do município na moeda de troca para prestar favores a cabos eleitorais, amigos e financiadores de campanha.