Sem adiantar números sobre investimentos obtidos, Ulisses Correia e Silva disse à agência Lusa que encontrou uma “interacção muito forte” e um interesse “evidente” da comunidade emigrante e dos interessados norte-americanos, durante os dois dias do fórum de investimento.
O primeiro-ministro adiantou que o fórum pretendia captar mais investimento e possibilitar mais “transferência de conhecimento, tecnologia, capacidades, inovação, empreendedorismo e aproveitamento de tudo o que são experiências acumuladas” pela comunidade cabo-verdiana nos Estados Unidos da América.
O grande objectivo era “tornar o país mais conhecido”, pelas boas perspectivas de futuro e oportunidades, disse Ulisses Correia e Silva.
Vários painéis foram constituídos na segunda-feira e hoje por empreendedores cabo-verdianos e membros do Governo, que apresentaram as infraestruturas e novos projectos emergentes no país.
Os painéis foram dedicados às oportunidades no turismo, investimentos na tecnologia, plataformas informáticas e nos serviços de saúde.
Os diálogos foram centrados também na diáspora, que o Governo cabo-verdiano pretende que tenha participação activa no desenvolvimento do país, apresentado como uma das democracias mais fortes e estáveis de África.
No discurso de abertura do fórum, o chefe do executivo defendeu que “a localização, a estabilidade, a segurança, a boa governança, a confiança, a qualidade dos recursos humanos, a abertura ao mundo e uma economia liberal são os activos que permitem posicionar Cabo Verde como plataforma do turismo de sol e praia, de natureza e de eventos”.
O Governo apresenta Cabo Verde como um “espaço competitivo para a localização de empresas e desenvolvimento de negócios”, devido às infraestruturas aéreas, comerciais, plataformas logísticas marítimas e plataformas digitais.
O Cabo Verde Investment Forum foi palco de apresentação da plataforma digital “Diaspora Digital Capabilities Map” (DDCM), para ligar ‘freelancers’ (trabalhadores independentes) cabo-verdianos.
O secretário de Estado para as Finanças de Cabo Verde, Gilberto Barros, apelou, numa intervenção, para que a comunicação continue além do fórum e pediu o compromisso da audiência em dar seguimento aos contactos feitos durante os dois dias.
Com patrocínio do Ministério das Finanças, a plataforma permite que cada utilizador crie um perfil profissional, no qual revela as suas capacidades e experiência.
O objectivo do DDCM é juntar jovens trabalhadores de Cabo Verde a especialistas da diáspora para a criação de relações profissionais benéficas para a comunidade cabo-verdiana fora do país.
“Peço para que os maravilhosos técnicos que temos em França, a enfermeira fantástica que temos em Boston, o bom carpinteiro que temos, o grande cirurgião do Texas que hoje recebe a sua cidadania, por favor, inscrevam-se na plataforma”, pediu o secretário de Estado.