Arlindo do Rosário que falava aos jornalistas esta sexta feira-feira, à margem do colóquio "Alcoolismo: Suas consequências para a População e a Protecção da Saúde", salientou que a nova lei não descrimina e que vai exigir adaptações no sentido daquilo que é o objectivo principal.
“Não há situações em que vamos dizer: não vamos fazer assim, porque esse sector aqui vai ser prejudicado. Estamos a investir naquilo que o país ganha em termos financeiros, económicos, em termos de saúde”, assegurou.
Conforme adiantou, está-se a fazer contas em relação a eventuais perdas e não àquilo que "o país perde” e a sociedade “vem perdendo” a nível dos custos da saúde e dos anos potenciais de vida perdida, que estão directamente relacionados com o uso abusivo de álcool.
Por isso, apontou que o problema não é a lei, “que pode ser ajustada”, mas sim o alcoolismo em Cabo Verde.
“Esse trabalho não começou agora, não termina agora e vai ter que realmente continuar a divulgação, para esclarecer eventuais dúvidas em aspectos que precisam ser melhor esclarecidos, regulamentar situações que precisam ser regulamentadas. Esse é um trabalho em processo”, garantiu.
Arlindo do Rosário frisou que a nova lei de álcool apresenta um conteúdo pedagógico “muito grande” e que elimina situações que promovem o uso abusivo de álcool. Prosseguindo, disse que a nova lei é um instrumento intersectorial que irá permitir ao país libertar-se do alcoolismo.
O colóquio, subordinado ao tema: “O Alcoolismo: Suas Consequências para a População e a Protecção da Saúde" é uma iniciativa promovida pela Rede Parlamentar para a População e Desenvolvimento (RPPD) e pela Comissão de Coordenação do Álcool e outras Drogas (CCAD) em parceria com a Direcção Geral da Educação (ME), a Câmara Municipal da Praia, a Presidência da República, através da Campanha “Menos álcool, Mais Vida”, a Inspecção Geral de Actividades Económicas (IGAE), o Instituto Cabo-verdiano da Igualdade e Equidade do Género (ICIEG) e o apoio do Presidente da Assembleia Nacional.