No comunicado, a Embaixada de Cabo Verde diz que assume os encargos com o advogado para que os pais de Luís Giovani “se constituam como assistentes no processo penal e tenham acesso aos autos, acompanhando a par e passo o seu desenvolvimento, procurando salvaguardar todos os seus direitos e justiça ao seu filho”.
Do mesmo modo, a Embaixada garante que tem feito o possível para a garantir o apoio necessário aos familiares do estudante cabo-verdiano que terá sido morto em Bragança, na sequência de agressões praticadas por vários homens à saída de uma discoteca da cidade.
“A Embaixada de Cabo Verde em Portugal tem feito o que pode, no quadro do que aconselham as circunstâncias, para a garantir o apoio necessário aos familiares do Luís Giovani e o normal desenvolvimento do processo para apuramento dos factos e da responsabilidade criminais que devam ser assacadas aos autores da barbárie”, lê-se.
A representação diplomática acredita que as autoridades portuguesas “cumprirão com o rigor de sempre a lei, levando os culpados a julgamento e ditando a sentença merecida, conforme o direito”.
O mesmo comunicado refere que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva telefonou segunda-feira ao homólogo de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares e ao Embaixador de Cabo Verde em Portugal, para apresentar o seu voto de pesar e de repulsa pelo acto bárbaro praticado e que conduziu à morte do jovem estudante cabo-verdiano.
De acordo com a nota, Santos Silva garantiu que as autoridades tudo farão para o completo apuramento dos factos e das responsabilidades, no quadro legal vigente.
Também “realçou que a comunidade cabo-verdiana em geral e a comunidade estudantil em particular são queridas e bem-vindas a Portugal, no quadro de uma relação histórica de amizade”.
No dia 21 de Dezembro de 2019, o estudante cabo-verdiano do Instituto Politécnico de Bragança Luís Giovani dos Santos Rodrigues terá sido agredido por vários homens à saída de uma discoteca da cidade. Transportado para o Hospital de Santo António, no Porto, o estudante de 21 anos acabou por morrer em 31 de Dezembro.
Segundo informações avançadas hoje pelo Jornal de Notícias, enquanto prossegue a investigação forense e se fazem exames complementares no âmbito da autópsia, a PJ já terá identificado a maioria dos cerca de 15 homens que terão participado nas agressões.
O director da Polícia Judiciária, Luís Neves, garantiu na segunda-feira o empenhamento na descoberta dos envolvidos no caso que levou à morte de Giovani, em Bragança.
Por vários pontos da diáspora e do país, estão a ser organizadas marchas silenciosas para se fazerem sentir as vozes de indignação perante o caso. O bispo de Bragança-Miranda, José Cordeiro, divulgou esta segunda-feira que vai associar-se à marcha solidária silenciosa marcada para sábado em Bragança em homenagem a Luís Giovani Rodrigues.