Arlinda Medina, vice-presidente da CPR do PAICV em São Vicente, acusa o autarca de estar a trabalhar com uma equipa reduzida.
“É inaceitável a forma como Augusto Neves vem governando a CMSV, sem planos, sem ideias, sem ambição e com uma equipa muito reduzida, constituída apenas por ele e os dois vereadores que transitaram do mandato anterior. Os outros vereadores [da oposição] são totalmente ignorados pelo presidente e não contam para nada. A Câmara Municipal não funciona, não respeita as deliberações saídas das reuniões e não faz propostas de acção, como lhe compete”, regista.
A responsável partidária pede uma intervenção da Assembleia Municipal para resolver a situação na autarquia.
“Chegámos a um ponto em que a Assembleia Municipal deve pronunciar-se sobre os desmandos do presidente da CMSV. Por isso, exortamos, vivamente, o presidente a levar à AM, órgão deliberativo do município, as propostas de redistribuição dos pelouros e de desprofissionalização dos vereadores do PAICV e da UCID. Esperemos que tenha coragem para assumir as consequências políticas da votação”, desafia.
O clima de tensão entre o presidente da Câmara Municipal de São Vicente e os vereadores da oposição aumentou nos últimos dias, com troca de acusações entre as partes.
Os vereadores do PAICV e da UCID anunciaram que tencionam revogar todos os actos praticados pelo edil sanvicentino ou pelos funcionários da autarquia, sem o seu consentimento. Na sequência, Augusto Neves comunicou a desprofissionalização dos vereadores da oposição.