Ulisses Correia e Silva falava no Mindelo, no final de uma visita àquilo que designou do “coração da economia azul”, referindo-se à Universidade Técnica do Atlântico (UTA), à Escola do Mar (EMar) e ao Instituto do Mar (IMar).
O chefe do Governo referiu-se, na ocasião, aos “grandes objectivos” de Cabo Verde relativamente à sustentabilidade, quer a nível da economia azul, quer da economia agrária, sendo a criação do Fundo Climático e Ambiental, que até 2025 poderá mobilizar montantes na ordem dos 12 milhões de euros junto do governo português, uma resposta à necessidade de tornar Cabo Verde “mais resiliente” e com uma economia “mais diversificada” no domínio do financiamento climático e ambiental.
Aliás, a centralidade que o Governo deseja dar a este conjunto de instituições que visitou hoje, vai, segundo Ulisses Correia e Silva, no sentido de posicionar São Vicente, no quadro da Zona Económica Especial de Economia Marítima (ZEEEM), com “elevadas competências” para formar e qualificar quadros, desde quadro técnico a profissionais.
“Então todo o desenvolvimento destas competências é fundamental e o Governo vai dar o devido contributo e uma atenção muito mais especial para que se desenvolvam”, concretizou Correia e Silva, sempre acompanhado durante a visita pelo ministro do Mar, Abraão Vicente.
Sobre a implementação do novo Plano de Cargos Carreias e Salários (PCCS) do IMar, assunto ainda pendente, o primeiro-ministro indicou que a resolução está para breve, até porque há um principio de entendimento entre o Ministério do Mar e os representantes dos trabalhadores.
“Já há uma proposta que está no Governo, vamos ver se aceleramos o processo a nível do parecer da Administração Pública para se concretizar”, concluiu o primeiro-ministro, que deve permanecer ainda hoje em São Vicente, agora para assistir aos desfiles dos grupos oficiais do Carnaval do Mindelo, que principia às 18:30.