Em conferência de imprensa, hoje, na Cidade da Praia, o deputado nacional e candidato à liderança do MpD, Orlando Dias, desmentiu a avaliação do GAPE referente ao processo das Eleições Internas do MpD, indicando “manipulação de factos e do falseamento dos próprios Estatutos do MpD”.
“O GAPE, eventualmente por precipitação, não pode fazer parecer que entrou no caminho da manipulação de factos e do falseamento dos próprios Estatutos do MpD, ao mesmo tempo que não pode sugerir, por imprevidência, ser uma espécie de mandatário da candidatura do nosso adversário interno, já que, consciente ou inconscientemente, entra na narrativa manipuladora dos prosélitos do ainda Presidente do MpD”, considerou.
Referente à informação avançada pelo GAPE, sobre a não entrega da lista dos delegados à Convenção Nacional o “Candidato Orlando Dias não apresentou (nem tinha que apresentar) qualquer lista de candidatos a delegados à Convenção Nacional, e por uma razão bem simples: ao contrário dos nossos opositores, a que o GAPE, consciente ou inconscientemente, dá, agora, cobertura, esta candidatura, pese a circunstância de não se rever completamente neles, cumpre escrupulosamente o que vem disposto nos Estatutos do MpD”.
Orlando Dias afirmou que a referida “manipulação e mistificação” em torno da eleição de delegados teve terreno “fértil” na própria data das eleições. Este candidato explica que as eleições para presidente do MpD e de delegados à Convenção Nacional, deveriam ter sido marcadas para datas diferentes, “conquanto os boletins de voto sejam autónomos Direcção Nacional manchada por ilegalidades”.
“Efectivamente, a anormalidade de todo o processo eleitoral é inaugurada com a aprovação do citado regulamento, em violação flagrante dos Estatutos do MpD e do Código Eleitoral de Cabo Verde, conforme tivemos ocasião de denunciar oportunamente. A legalidade de todo o processo é comprovável pela simples consulta dos Estatutos, que o GAPE diz cumprir, e do Código Eleitoral, a que o mesmo GAPE diz recorrer em caso de dúvida”, indicou.
O candidato à liderança do MpD, sugere que o GAPE, deveria investigar várias circunstâncias, em que “proponentes da nossa candidatura foram contactados telefonicamente com ameaças e tentativas de intimidação por apoiarem Orlando Dias”.
“Deveria investigar, já que apenas esta candidatura e o GAPE têm acesso aos nomes e contactos dos proponentes, pelo que o vazamento de dados só pode ter sido efectuado por alguém do próprio GAPE”, denunciou.
Orlando Dias assegura que a sua candidatura vai continuar serenamente o seu caminho de “informação e esclarecimento dos militantes” e apresentando as suas propostas para o MpD e para o país, não deixando desviar por “episódios marginais ao Estado de Direito Democrático, mas não deixando, igualmente, de os denunciar com firmeza política”.
As eleições do presidente e dos delegados à Convenção Nacional do MpD estão marcadas para 16 de Abril próximo.