Num comunicado, o MpD avançou que a decisão foi tomada pela comissão política nacional (CPN), após análise de denúncia de “má prática” do coordenador da comissão política concelhia (CPC) do partido em São Vicente, Armindo Gomes, que se encontra em “deficiente funcionamento”.
“Este incluem o funcionamento precário da CPC, demissões e nomeações ilegais, falta de reuniões colegiais e desrespeito às diretrizes do partido. Além disso, foram feitas críticas públicas prejudiciais à Câmara Municipal de São Vicente e ao Governo de Cabo Verde, prejudicando a imagem e a confiança no MpD”, justificou o partido liderado por Ulisses Correia e Silva, também primeiro-ministro do país.
Dada à “gravidade” destas questões e a falta de condições para o funcionamento da CPC de São Vicente, a CPN do MpD dissolveu “imediatamente” o órgão, para “salvaguardar” a integridade e coesão do partido.
“Neste sentido, será nomeada uma comissão provisória que será responsável por gerir o partido no concelho [ilha] até às próximas eleições”, deu conta o MpD, explicando que a dissolução do órgão é uma “medida necessária” para garantir o bom funcionamento do partido.
Em maio, Armindo Gomes criticou a forma como foram feitas as listas para os delegados à XIII Convenção Nacional do partido, realizada na Praia e que não marcou presença.
A reunião magna de finais de maio marcou o início do quarto mandato de Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro desde 2016, como presidente do partido, reeleito nas eleições diretas de 16 de abril, recolhendo 91,12% dos votos.