Segundo Paulo Rocha, a actuação da Polícia Municipal irá marcar a diferença no exercício da autoridade municipal, nomeadamente no cumprimento das posturas municipais.
“A realização deste curso de formação traduz mais uma etapa no cumprimento desse importante objectivo, a par do reforço dos meios e da capacidade operacional e da modernização constante da Polícia Nacional. Nesse sentido, importantes medidas e acções vão sendo tomadas, outras estão em curso, visando uma polícia melhor formada, mais capacitada, mais bem equipada e mais próxima dos cidadãos”,sublinhou.
O governante recorda que a Polícia Municipal é uma entidade parceira da Policial Nacional, sublinhado que a coordenação entre as duas instituições “será fundamental”.
"A Polícia Municipal é uma entidade parceira e a sua actuação tem de estar, o tempo todo, coordenada com a actuação da Polícia Nacional. A lei que cria a Polícia Municipal estabelece os mecanismos de coordenação entre a direcção da Policia Municipal e os Comandos Regionais da Policia, entre a Câmara Municipal e a Direcção Nacional da Polícia Nacional. Acredito que os formados estão prontos para iniciar mais uma etapa enquanto agentes da polícia, para enfrentarem e vencerem quaisquer desafios que venham a surgir da sua área de competência", assegurou.
A primeira corporação da Polícia Municipal é constituída por 25 elementos, sendo 16 de São Vicente e 9 da ilha do Sal.
Segundo o governante, o processo de formação segue agora para a fase probatória, com a duração de três anos, incluindo o tempo de formação, mediante acompanhamento e avaliação.
Presente na cerimónia, o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, notou que a implementação da Polícia Municipal na ilha é a concretização de um projecto antigo.
"Começamos a trabalhar para implementar a Polícia Municipal na nossa cidade há vários anos, foram erros e acertos até que finalmente conseguimos criar e estruturar, através de concurso e formação. Não foi um trabalho só da Camara Municipal, mas de toda uma equipa, com o apoio incondicional do governo", afirmou.
Por seu lado, o reitor da Universidade Lusófona de Cabo Verde, Carlos Delgado, sublinhou o sentido de "missão cumprida" num projecto onde se quer ir "mais longe".
"Somos a primeira universidade em Cabo Verde a aceitar esse desafio, a Polícia Municipal não existe, pelo menos neste formato, na nossa costa africana, portanto, temos o prazer de dizer aos países que estamos a experimentar uma experiência nova. Quero dizer que podemos ir mais longe e estou em crer que os municípios de São Vicente e do Sal vão poder dizer que valeu a pena. Foi um desafio enorme e queremos continuar a cooperar com o governo e demais instituições", disse.
O primeiro curso de agentes da Polícia Municipal resultou de um protocolo assinado entre a Direcção Nacional da Polícia Nacional e a Universidade Lusófona de Cabo Verde, em Outubro de 2022.