Em conferência de imprensa, o porta-voz do balanço das jornadas parlamentares elencou um conjunto de compromissos assumidos pelo executivo, mas não cumprido, como o aeroporto de médio-porte em Santo Antão, a ampliação e modernização do aeroporto da Praia e do aeródromo de São Nicolau, investimentos nos aeroportos da Boa Vista e do Sal, construção do aeródromo da Brava e da segunda fase do porto do Porto Novo.
Neste balanço das principais questões abordadas na jornada preparatória para a primeira sessão plenária do corrente mês, Walter Évora enumerou ainda neste rol de compromissos não atingidos a reabilitação do porto do Tarrafal de São Nicolau, a construção da estrada de acesso ao Norte da Boa Vista e o financiamento da orla marítima de Sal-Rei.
“Vamos confrontar ao Governo em relação a um conjunto de promessas feitas que até agora, também não cumpriu”, adiantou Évora, acrescentando que a problemática da habitação em Cabo Verde está “carente” em Cabo Verde e que o programa estruturado de habitação social anunciado pelo Governo para fazer face ao défice 13 mil focos habitacionais não se efectivou.
“O que se tem feito são pequenos investimentos como aquilo que foi feito na ilha da Boa Vista, sem qualidades. Foram construídas cerca de 270 habitações, em que destes 95 são quartos com casas de banho compartilhadas e uma cozinha para servir 95 quartos”, frisou, ao mesmo tempo que acusou o Governo de sequer apresentar um único relatório sobre a situação do Ordenamento do Território em oito anos.
Relativamente a uma interpelação ao Governo sobre a conectividade inter-ilhas de Cabo Verde com o resto do mundo, também iniciativa do maior partido da oposição, Walter Évora disse que o “Governo até agora não deu as respostas dos transportes, sejam aéreos, domésticos ou marítimos”.
Disse que o país tem um grande desafio de unificação territorial e que os transportes são fundamentais para o desenvolvimento do país, face às suas características arquipelágicas, mas que “O Governo tem falhado redondamente”, com a diminuição de rotas e frequências, e aumento de preços.
“Os operadores destes sectores, sejam ao nível aéreo, sejam ao nível marítimo fazem e desfazem ao seu belo prazer, há uma desregulamentação, o Governo desmantelou a regulamentação económica neste sector e está completamente na mão destes operadores”, criticou.
Walter Évora criticou ainda o aumento em 18% (por cento) nas tarifas dos transportes marítimos, já em vigor, tendo revelado para breve o aumento no preço dos bilhetes aéreos.