Declarações feitas esta quinta-feira, em conferência de imprensa, realizada na Câmara Municipal.
“Eu não falo de orçamentos, porque eu não sou economista. Há uma comissão a trabalhar nesse sentido, na altura própria, talvez, se quiserem, nós poderemos falar do orçamento. Aquilo que nos interessa, para São Vicente, é fazer tudo o que é de melhor para essa ilha, tudo o que essa ilha merece, que esse povo merece. Nós fazemos isso para movimentar a nossa ilha, para movimentar a nossa economia e, fundamentalmente, para sedimentar muito mais ainda essa veia e essa identidade cultural que nós temos. Eu, geralmente, não falo de números, eu falo de actos. Eu espero poder apresentar à população um excelente festival. Os números, a comissão apresentará os resultados no momento próprio”, afirma.
Neves recorda que além do orçamento municipal, sem especificar o valor, o festival é realizado com o patrocínio de várias entidades e empresas, “parceiras da autarquia”
De acordo com o alinhamento a 40.ª do festival da Baía das Gatas começa, esta quinta-feira, com a actuação da cantora brasileira Ivete Sangalo, e encerra domingo, 18, com Elji Beatzkilla.
Pelo palco deverão passar nomes como MC Acondize, Marisia e Johnny Ramos, TAYC, Dino d’Santiago, Ritchie Campbell, The Kings e Dudu Araújo, Harry Dibola, Francky Vincent, Phil Control e Jamice, Romain Virgo, C4 Pedro, Djodje entre outros.
Sobre a captura dos cães vadios, uma polémica que tem marcado a organização do evento, o Presidente da Câmara Municipal de São Vicente desmente o envolvimento da organização e dos seus convidados em actos de maus tratos a animais.
“Estes cães que nós capturamos estão no Canil, que é um lugar apropriado, com todas as condições feitas pela Câmara Municipal, à espera realmente dos donos. Porque é que a comunicação social não aproveita e faz uma campanha solicitando às pessoas que adoptem os cães, nós temos lá muitos cães que poderão ser adoptados, fazemos uma campanha de adopção e isso seria uma coisa rápida, porque não são tantos. Poucas pessoas iriam lá e adoptavam estes cães e nós ficaríamos todos felizes e a Câmara procederá ao registo e a todas as coisas que o nosso Código de Postura Municipal traz e as coisas ficariam muito bonitas. Eu acho que a Câmara pauta por essa legalidade, fazer as coisas bem feitas”, refere.
A questão remonta a finais de Julho, quando a Câmara Municipal iniciou a remoção de cães na rua, na sequência de um incidente na Praia da Lajinha, quando um cão atacou uma criança. Desde então, têm sido várias as denúncias sobre as condições do canil municipal, com os cães colocados em boxes sobrelotadas, sem qualquer critério.