Em mais uma conferência de imprensa, proferida na sua sede no Mindelo, João Santos Luís voltou a elencar uma série de irregularidades, algumas das quais constantes do Relatório de Inspecção do mandato de 2016 a 2020, nomeadamente a não publicação do Orçamento do ano de 2016 e o atraso na publicação dos orçamentos de 2018 e 2019, entre várias outras questões orçamentais e de aquisição de equipamentos municipais.
João Santos Luís aponta o dedo às instituições.
“O Tribunal de Contas, desde 2021 fez uma inspecção na Câmara Municipal de São Vicente e ainda estamos à espera dos resultados. Só para ver como é que as instituições funcionam. O presidente da UCID não é qualquer pessoa. Faz uma denúncia e o Ministério Público tem obrigação de investigar. Não aconteceu porque há todo um esquema de protecção ao edil Augusto Neves. O porquê nós não sabemos. O próprio primeiro-ministro tem esquemas de protecção do Augusto Neves para que o MpD não caia em São Vicente”, entende.
Na mesma ocasião, o líder dos democratas-cristãos voltou a denunciar a existência daquilo que classifica de “um esquema de negociata de venda de terrenos em São Vicente”, alegadamente com conhecimento do edil Augusto Neves. João Luís garante que vai procurar provas para levar o caso ao tribunal.
“Vou procurar as provas. É um pouco difícil porque as coisas estão muito bem encaminhadas. É difícil ter as provas que o indivíduo tem 10 ou 20 terrenos e que anda por aí a vender terrenos. Mas que acontece, acontece. Nós todos sabemos. Agora, cabe também ao Ministério Público, ao ouvir essas denuncias, ir à Câmara Municipal investigar”, defende.
A UCID reafirma as acusações de gestão danosa na Câmara Municipal de São Vicente, que prejudicam os munícipes.