Posição expressa hoje pelo presidente João Santos Luís, em conferência de imprensa realizada na sede do partido, no Mindelo.
“Na tentativa de ver o Orçamento e Plano de Atividades de 2024 aprovados, a UCID envidou todos os esforços junto da cúpula do MpD, mas o Augusto Neves não contribui para que tal se concretizasse. Mesmo enfrentando o autoritarismo, as casmurrices e esquemas fraudulentos de Augusto Neves na CMSV, a UCID deu um sinal bastante positivo quando viabilizou o Orçamento e Plano de Atividades para o ano de 2024, numa sessão da Camara Municipal, mas o edil não procurou depois a ponte para viabilização deste importante instrumento na Assembleia Municipal, que é o palco político por excelência”, afirma.
Questionado sobre a alegada contradição de o partido ter aprovado o orçamento na sessão de Câmara, chumbando-o na Assembleia Municipal, João Santos Luís nega falta de coerência.
“Não é falta de coerência, nós só estamos a aguentar para chegar no final do mandato, mas quem deve tomar as medidas consentâneas é o governo, que tem medo (…). Por duas vezes consecutivas não tens orçamento, num estado de direito democrático isto não pode acontecer. Vamos ter que procurar apoios em juristas para irmos além do que se está a passar”, refere.
João Santos Luís nega que a gestão da ilha por duodécimos, pelo segundo ano consecutivo, coloque em causa o desenvolvimento da ilha.
“Não é por causa deste instrumento que São Vicente vai travar o seu desenvolvimento como disse o Augusto Neves, não é verdade, porque este instrumento não trará nenhuma mais valia para o desenvolvimento de São Vicente em 2024. É um orçamento copy past dos restantes documentos”, assegura.
Na segunda-feira, as bancadas da UCID e do PAICV na Assembleia Municipal de São Vicente chumbaram o plano de actividades e orçamento de 2024. Terça-feira, em conferência de imprensa, o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, considerou existir “perseguição” por parte da oposição.