O líder dos democratas-cristãos falava à imprensa hoje, em São Vicente, num balanço do ano que agora termina.
“Foi um ano difícil para os cabo-verdianos em termos laborais, em termos sociais, em termos de ambiente de negócio e da própria dinâmica económica do país. Várias manifestações e greves, de várias classes profissionais, não só dos professores, aspectos sociais que também estiveram em cima da mesa e que o Governo não teve a capacidade, não teve o discernimento necessário para encontrar medidas que mitigassem a situação”, refere.
Sem um reforço de políticas sociais e económicas, João Luís não vislumbra melhorias significativas do actual cenário em 2024.
“Claro que nós temos que fazer referência relativamente ao principal instrumento da gestão do país, o Orçamento de 2024, que vai ser homologado pelo Presidente da República no dia 31 de Dezembro de 2023. Existem lá algumas medidas, mas do nosso ponto de vista não irão impactar efectivamente a sociedade cabo-verdiana. Não irão impactar porque não existe um quadro claro, por exemplo, de investimento na economia, de investimento no sector primário. Existem, sim, algumas imposições do governo no Orçamento de 2024”, afirma.
O presidente da UCID nota que, apesar das preocupações, espera que o próximo ano seja de oportunidades e de concretização de compromissos assumidos pelo governo para a melhoria da situação das famílias, ambiente de negócios e desenvolvimento sustentável.