1 - Que radiografia faz da situação do município a que se candidata?
A radiografia está cheia de manchas que perturbam qualquer mente saudável. É algo que vem de trás e é do conhecimento e da responsabilidade de todos.
Da governação anterior para a actual temos algumas obras sem enquadramento ou dentro de um propósito evolutivo conhecido, um aproveitamento científico da pobreza como uma oportunidade de fidelizar votantes, de criar descrédito, de aumentar o medo e sobretudo de permitir o crescimento de uma massa amorfa que termina no ócio, na delinquência e na droga.
Resumindo, a governação foi e é pobre, descuidada, inculta e perigosa, deixando a ilha com um grave problema de saúde pública.
Quanto aos aspectos positivos, é com orgulho que reconheço que esta ilha continua com um grande acervo de gente humilde, de paz e de uma espiritualidade bem elevada. É um nicho por quem vale a pena lutar.
2 - Em linhas gerais, o que a sua candidatura propõe para o município? E como essas propostas oferecem soluções para os problemas enfrentados?
Propomos a autonomia da(s) ilha(s) como um princípio básico do desenvolvimento humano e a forma mais equilibrada, mais justa e menos custosa para a administração do país.
Propomos desbloquear a ilha socorrendo-nos de um forte movimento cívico capaz de a apetrechar com uma visão, um plano, uma estratégia e uma equipa de líderes unidos à volta de um consenso.
Propomos transformar a ilha num centro de investimentos e de rendimentos, investindo numa melhor informação, numa redução dos tempos de espera, numa boa empatia com o público e sobretudo na transparência.
Com uma Câmara credível iremos à procura de investidores e parceiros de desenvolvimento interessados em investir: casa para todos auto-sustentável, aldeia turística na zona de Tchom de Holanda, possível criação de uma cidade turística na zona de Palha Carga, urbanização e interação, etc.
Investiremos também nas pessoas, na produção, na exportação, nos transportes, nas novas tecnologias IA (Inteligência Artificial).
3 - Que visão para o município?
Daqui a quatro anos queremos:
- 1. Que a ilha esteja repleta de obras.
- 2. Ver a juventude assumindo o seu papel no desenvolvimento da Ilha.
- 3. Aprovar uma lei que proíba mais do que duas candidaturas seguidas.
- 4. Que a Nação se aperceba de que na autonomia das ilhas reside o princípio do desenvolvimento e da união.
- 5. Que os políticos sejam tidos em boa conta.
NR: No cumprimento do princípio de imparcialidade e transparência que orientam a cobertura das Autárquicas 2024, o Expresso das Ilhas solicitou uma entrevista, com as mesmas perguntas e indicações de edição, a TODOS os candidatos às presidências das Câmaras Municipais. Porém, nem todos os candidatos responderam às nossas questões, pelo que a não publicação de entrevistas a uma candidatura é da inteira responsabilidade da mesma. Todas as entrevistas já recebidas, bem como as que ainda venham a ser enviadas, serão publicadas no site do Expresso das Ilhas até ao dia 28 de Novembro.