Em declarações ao País, o chefe de Estado, José Maria Neves, salientou que, como é tradicional e referência da democracia cabo-verdiana, a campanha ocorreu sem incidentes relevantes, o que deve ser, no seu entender, motivo de orgulho para a nação.
Segundo o chefe de Estado, as diferentes propostas foram analisadas pelos eleitores com a “importante mediação” da comunicação social, apelando-os a exercer o direito de voto, escolhendo entre os candidatos ou grupos de cidadãos.
“Hoje, cumpre-se o dia dedicado à reflexão e ao amadurecimento das decisões. Amanhã acontecerá o momento mais alto, a escolha dos órgãos autárquicos nas urnas, em consciência e de forma soberana”, enfatizou, salientando que o poder local autónomo representa uma das maiores conquistas da democracia.
Um poder, que conforme afirmou, tem desempenhado um papel “importante” como uma verdadeira escola de cidadania, contribuindo para a consolidação do Estado de direito democrático e para o desenvolvimento local e regional das comunidades.
“Os problemas e as preocupações mais importantes da vida das pessoas são resolvidos por um poder próximo das comunidades e dos cidadãos. Daí a relevância das escolhas, tornando-se fundamental que os mandatos para os próximos quatro anos sejam legitimados pelo engajamento de todos”, pontuou.
José Maria Neves frisou que aquele que exercer o seu direito de voto tem a legitimidade acrescida para apoiar ou criticar as medidas e políticas adotadas durante o mandato.
O Presidente da República aproveitou a ocasião para apelar além do dever cívico dos próprios cabo-verdianos, mas dos cidadãos estrangeiros residentes, uma vez que, reforçou, a abstenção fragiliza a democracia e leva a que outros decidam por quem abdicou do seu "direito inalienável" de escolher o seu futuro.
“Reitero que votar é expressão de liberdade e de responsabilidade, já que se trata do exercício de um dever de cidadania fundamental e de comprometimento com o futuro e a boa governação municipal”, finalizou.