No total, 36.131 militantes estão inscritos para votar, dos quais 31.159 em território nacional e 4.954 na diáspora. O acto eleitoral contará com 274 mesas de voto, sendo o maior número concentrado em Santiago Sul, com 12.268 militantes inscritos, seguido de Santiago Norte, Fogo e São Vicente.
Além da eleição do novo presidente do partido, os militantes vão escolher 384 delegados, que se juntarão aos delegados natos, como primeiros secretários e membros cessantes do Conselho Nacional, para compor cerca de 500 participantes no próximo Congresso, agendado para os dias 27, 28 e 29 de Junho, na cidade da Praia.
Julião Varela lembrou que, para vencer à primeira volta, um candidato precisa conquistar mais de 50% dos votos. Caso nenhum dos quatro concorrentes atinja esse limiar, está já marcada uma segunda volta para o dia 1 de Junho.
“A possibilidade de segunda volta está prevista e organizada. Queremos garantir um processo legítimo e transparente”, sublinhou o dirigente.
O secretário-geral destacou ainda o papel da diáspora, com representantes em cerca de 14 a 15 estruturas espalhadas entre Portugal, África e Estados Unidos. “Cada estrutura terá pelo menos um delegado no Congresso, embora o número final dependa dos resultados de domingo”.
Apesar de debates acesos nas redes sociais, Julião Varela garantiu que o ambiente interno do PAICV é de estabilidade e respeito democrático. “Há divergência de opiniões, mas isso é salutar. Internamente, não sentimos turbulência”, afirmou, sublinhando que o partido está unido e preparado para enfrentar os desafios futuros, nomeadamente as eleições legislativas de 2026.
Segundo Varela, o PAICV tem-se apresentado como uma alternativa política, com propostas concretas e foco na reconquista da confiança do eleitorado. O objectivo maior, reiterou, “é vencer as eleições legislativas de 2026”.
Embora não tenha havido um debate público entre os quatro candidatos à presidência, Secretário-Geral relata que todos percorreram o país, apresentando as suas plataformas às estruturas partidárias. “O debate fez-se internamente e os militantes estão informados sobre as propostas”, garantiu o secretário-geral.
A nível logístico, disse que todos os materiais, incluindo boletins de voto e cadernos eleitorais, já foram distribuídos tanto a nível nacional quanto na diáspora. “As mesas estão constituídas e tudo está preparado para que tenhamos um bom ato eleitoral”, concluiu Julião Varela.