Esta terça-feira, o presidente do PAICV pôs de parte a possibilidade de o partido realizar uma sondagem para a escolha de um candidato à presidência do partido.
Rui Semedo, à margem da conferência de imprensa sobre a remodelação governamental, explicou que cabe ao partido criar as condições “para que hajam eleições livres, justas, transparentes, democráticas, cumprindo os estatutos e os regulamentos, e garantir tratamento de igualdade a todos os candidatos”.
Já no que respeita à sondagem, o presidente do PAICV disse que esta deve ser uma iniciática das várias candidaturas e não do partido. “A proposta da sondagem poderá fazer-se, se houver entendimento entre as candidaturas. Apenas as candidaturas poderão tomar esta decisão, porque o partido, o presidente do partido, a comissão política, o conselho nacional, o secretariado ou a comissão permanente, só poderão agir no quadro dos estatutos”.
“Os candidatos poderão negociar entre eles, se vão [candidatar-se] todos, se vão alguns ou se vai um. Mas isso não caberá, digamos, à decisão de qualquer órgão do partido. O partido não pode dizer a ninguém que não tem direito de ir ou que não deve ir [a eleições]”, reforçou Rui Semedo.
De recordar que após a reunião entre Rui Semedo e os quatro candidatos à presidência do PAICV, Francisco Carvalho, um dos candidatos, apresentou esta proposta.
Segundo Francisco Carvalho, o objectivo deste estudo é permitir “a todos, sejam Militantes, Simpatizantes e/ou a Sociedade Civil, avaliar qual dos 4 Candidatos estará em condições de garantir o melhor resultado, para o PAICV, perante o seu/nosso principal Adversário, o MpD”.
“Isso seria, antes de tudo, um garante da coesão do Partido, porquanto evitaria crispação desnecessária, entre os militantes, e protegeria a União entre todos, em torno de um Projecto comum: Cabo Verde!”, concluiu.