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Ulisses Correia e Silva falava à imprensa, a propósito da conversa aberta “Agarrá bô oportunidade, Konstruí bô futuru” (“Agarra a tua oportunidade, constrói o teu futuro”, em português), com os jovens formandos da ilha de São Vicente, no Tech Park.
Segundo o chefe do Governo, os jovens já começaram a compreender as limitações do Estado e da administração pública em criar empregos e a entender que há oportunidades no mercado para que eles mesmos criem o próprio emprego.
“Foi por causa disso que nós criámos o Banco Jovem Mulher, para poderem transformar aquilo que é a sua vontade de fazer as coisas acontecerem em realidade. Isto tem sido um facto e vamos desenvolver cada vez mais”, afirmou.
Para Ulisses Correia e Silva, “a juventude está preparada e está a dar respostas, porque há muito mais acesso à informação”, por várias vias, “sobre as iniciativas que o Governo tem em curso, sobre o ecossistema de financiamento, a formação profissional, a assistência técnica, o empreendedorismo, que têm tido muito sucesso em todo o País”.
Particularmente para São Vicente, o primeiro-ministro considerou que existe um campo a desenvolver para oferecer cada vez mais ofertas que respondam àquilo que os jovens querem.
Isto, salientou, sobretudo em formações da Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde (EHTCV), que tem um nível de empregabilidade muito elevado, e do Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial (Cermi).
Para o director-geral de Emprego e Formação Profissional, Denílson Borges, de 2022 até esta parte, mais de 40 mil jovens beneficiaram das políticas de emprego e cerca de 22 mil realizaram formação profissional.
“Hoje temos uma taxa de desemprego jovem abaixo dos 20 por cento (%), temos uma taxa de emprego de pessoas de 15 anos ou mais de cerca de 8,8% e também temos uma estratégia de, através de programas de empreendedorismo, criar mais de seis mil postos de trabalho”, lançou.
O responsável reforçou que actualmente quem fizer formação profissional tem à disposição um ecossistema de empreendedorismo que os ajuda na preparação de projectos para aceder a financiamento.
Denílson Borges destacou ainda que, no ano de 2025, 3.200 jovens no País tiveram acesso à formação profissional e que a ilha de São Vicente tem o maior número de jovens de sempre a frequentar formação profissional.
Segundo o jovem Adilson Lisboa, que se formou como marinheiro na Escola do Mar e que já está a fazer um estágio internacional, “a formação na área marítima é uma oportunidade de vida”, porque “é prestigiada e ajuda os jovens a alcançar os seus objectivos”.
Por sua vez, Iranildo Lima, que concluiu o curso em Padaria e Pastelaria no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), apelou aos jovens que aproveitem as oportunidades de formação gratuita que estão a ser oferecidas.
Também pediu a criação de um centro equipado e com mais condições para ministrar formação aos jovens na ilha de São Vicente.
