Na seara da historiografia jurídica e social cabo-verdiana, a ilha de São Vicente figura como o palco das dissonâncias penais, onde se delineia, nos últimos dias com acentuada ironia, o pico máximo da criminalidade. Desde os albores da formação da sociedade cabo-verdiana, o arquétipo delituoso oscilou entre os delitos de menor monta e os crimes de grande vulto, refletindo uma evolução paradoxal que mescla a exegese dos primórdios coloniais à complexa realidade contemporânea.