UCID exige orçamento rectificativo

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,5 fev 2018 12:28

António Monteiro
António Monteiro (Rádio Morabeza )

A UCID quer que o governo apresente um orçamento rectificativo. O partido justifica a posição com o anúncio, pelo executivo, de alguns investimentos que não constam do documento. A terceira força política pede também a revogação do agravamento dos direitos de importação sobre lacticínios e sumos de fruta.

Os trabalhos de reabilitação e asfaltagem da Estrada Mindelo - Baía das Gatas e da própria Baía, no valor de 350 mil contos, ou os 7 milhões de euros doados pela UE para minimizar os efeitos da seca, são alguns exemplos apontados. António Monteiro, presidente da UCID, que falava hoje em conferência de imprensa no Mindelo, defende um orçamento que represente a realidade das despesas e receitas no país.

“Nós temos a questão da boa governação, da transparência e tudo aquilo que não estiver no Orçamento de Estado não existe. O governo veio dizer que vai fazer a asfaltagem dessa estrada, para não falarmos do terminal de cruzeiros, e nós sabemos que se as despesas do Estado não constarem do Orçamento geral do Estado, dificilmente serão realizadas”, afirma.

A UCID pede que, com a rectificação do OE 2018, o governo suspenda o aumento das taxas de importação de lacticínios e sumos de fruta.

“Pensamos que será um momento próprio e oportuno para que o governo se possa redimir do erro que infelizmente acabou por acontecer e que está a prejudicar as famílias”, sublinha.

O governo justifica o agravamento das taxas de importação de lacticínios e sumos de fruta como uma medida para proteger a indústria nacional. Para o líder dos democratas-cristãos, a tutela tentou proteger a indústria da pior forma.

“Independentemente de ser uma tarefa do Estado criar as condições para que a nossa indústria floresça, o Estado tem que ter a noção muito clara de que não é à custa do cidadão que isso deverá acontecer. Há outros mecanismos: o acesso a crédito para a indústria, com juros bastante baixos, disponibilização de fundos com capacidade para sustentar essas empresas em caso de dificuldade, diferenciação na cobrança dos impostos, no custo de energia, da água entre muitos outros”, indica.

António Monteiro lembra que o governo não pode preocupar-se somente em aumentar as suas receitas quando os cabo-verdianos têm perdido poder de compra ao longo dos anos, devido à não actualização dos salários.

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,5 fev 2018 12:28

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  3 jan 2019 3:22

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