A posição foi apresentada hoje, em conferência de imprensa, por António Monteiro.
“De uma maneira geral, o Orçamento tem medidas interessantes, mas os nossos receios são em termos macro, têm a ver com o nível de desemprego. Fala-se na criação de 8 mil postos de trabalhos, que nós pensamos que é impossível. Tem a ver com o aumento da dívida pública em valores absolutos, e o défice orçamental, que ronda os 24 milhões de contos”, refere.
O serviço da dívida pública é outra preocupação da UCID, face à estrutura económica nacional. António Monteiro lembra igualmente que o orçamento do ano económico de 2018 não teve o efeito esperado no crescimento da economia.
Igualmente, considera irrisório o valor proposto para o aumento salarial de alguns funcionários da função pública, em 2,2%, "tendo em conta a perda de poder de compra durante estes longos anos”.
Finalmente, António Monteiro critica aquilo que classifica de falta de novidades para a ilha de São Vicente.
“Para a Ilha de São Vicente, infelizmente, o Orçamento Geral do Estado não traz muitas novidades. Iremos batalhar para que o orçamento comece a dar algum sinal relativamente à Zona Economia Especial Marítima de São Vicente, que consideramos ser um projecto extremamente importante para a ilha e para Cabo Verde, de uma forma geral", observa.
O documento estará em debate na segunda sessão plenária de Novembro, que começa quarta-feira.