Para António Monteiro, o Governo continua a injectar dinheiro na TACV.
"Estranhamos, na medida em que os TACV são uma companhia de bandeira, é uma companhia que, segundo os dados de 2017, acumula um défice de mais de 14,7 milhões de contos, défice este que será pago por todos os cabo-Verdianos, de Santo Antão à Brava, e não havendo possibilidade de uma intervenção politica, questionamos, então, por que razão o governo estará a injectar nesta companhia montantes avultados, aumentando ainda mais a divida publica", explica.
António Monteiro pede ao Governo que arrepie caminho para que se realizam os voos para São Vicente. Monteiro também alerta o Governo para que não tenha que ser o povo a resolver esta situação.
"Temos experiências deste mundo fora em que, quando os governos não actuam, o povo actua com consequências extremamente gravosas para o país e para a economia, dai que gostaríamos de lançar este apelo, para evitarmos que seja o povo a resolver as questões na rua", afirma.
António Monteiro termina dizendo que sem os voos da TACV, os negócios dos operadores turísticos têm vindo a perder a dinâmica desejada.
O primeiro-ministro disse ontem que a retoma dos voos internacionais a partir de São Vicente, à semelhança do que já acontece na Cidade da Praia, não é uma decisão administrativa ou política do Governo.
“Nós vamos privatizar a TACV e as linhas aéreas serão definidas de acordo com o interesse de viabilidade comercial. Não posso antecipar. É do nosso interesse que Cabo Verde possa ter de facto uma boa interligação área a partir das diversas ilhas. Portanto, esta não é uma decisão administrativa ou política do Governo”, disse.
Para exigir a reposição das ligações directas da TACV (Cabo Verde Airlines) entre São Vicente e o estrangeiro, o movimento Sokols 2017 organiza uma manifestação, no dia 16 de Dezembro, no Aeroporto Internacional Cesária Évora.