Presidente da CCB quer medidas urgentes de apoio às empresas

PorNuno Andrade Ferreira,18 mar 2020 12:16

​O presidente da Câmara de Comércio do Barlavento defende um “juntar de esforços” entre Estado e sistema financeiro para diminuir o impacto da crise económica decorrente da pandemia de coronavírus. Belarmino Lucas alerta para o aquilo que pode estar em causa.

De acordo com o responsável associativo, devem ser criadas linhas de crédito de emergência para apoio à tesouraria das empresas.

“São coisas que têm de ser pensadas com urgência para que não haja consequências para os trabalhadores”, avisa.

Belarmino Lucas classifica as medidas anunciadas pelo Governo, nomeadamente ao nível dos transportes, como “absolutamente necessárias”, mas adverte que Cabo Verde já começou a sofrer os impactos da crise internacional de saúde pública.

“O impacto da redução dos fluxos turísticos e do abrandamento, para não dizer travagem, da economia mundial”, observa.

“Se não há actividade económica, naturalmente que há redução de impostos, as empresas não geram rendimentos, se não geram rendimentos têm dificuldade de pagar aos trabalhadores e muito provavelmente começaremos a ver, em breve, situações de empresas a entrar em situação de layoff. Por isso, é preciso trabalhar políticas e programas de emergência para proteger os rendimentos dos trabalhadores e garantir a manutenção da capacidade produtiva das empresas”, realça Belarmino Lucas, ciente de que “temos fortes limitações”.

A flexibilização dos prazos de cumprimento de obrigações perante o Estado, nomeadamente fisco e segurança social, é outras das propostas em cima da mesa.

O Conselho Superior das Câmaras de Comércio (CSCC) considerou terça-feira que as consequências da pandemia do novo coronavírus serão “potencialmente desastrosas” para a economia nacional.

O governo proibiu as ligações aéreas provenientes de 26 países, incluindo Portugal e Brasil. A medida entra em vigor às 0h00 de dia 19.

A pandemia de Covid-19 já infectou mais de 200 mil pessoas, em todo o mundo. Há 8.200 mortos a registar. 

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Autoria:Nuno Andrade Ferreira,18 mar 2020 12:16

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  16 dez 2020 23:20

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