O Presidente do Instituto do Património Cultural (IPC), Hamilton Jair Fernandes, fez a entrega do dossier de candidatura esta quarta-feira, ao ministro da tutela, numa cerimónia que aconteceu no Palácio do Governo.
Segundo Abraão Vicente, a qualidade do trabalho desenvolvido quer pelo IPC e equipa técnica mostra que a morna tem todas as possibilidades de ter uma candidatura de sucesso.
“Temos um conjunto de declarações de apoio, todo o levantamento foi feito tanto a nível nacional, em todas as ilhas, comunidades. Tivemos autorizações de todos os compositores e autores, toda a narrativa que é preciso para explicar a importância da morna. Por aquilo que percebi do técnico, o vídeo e as fotografias provavelmente são as partes mais interessantes”, frisou.
O dossier será entregue na segunda-feira, 26, à UNESCO, que só em Dezembro de 2019, deverá anunciar o resultado.
O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas está confiante.
“Será a primeira vez que Cabo Verde apresenta um dossier para uma candidatura imaterial, representa um trabalho e um esforço de Cabo Verde para reconhecer aquilo que sem dúvida é nosso. É um reconhecimento da alma e da nação", explicou.
“Hoje é um momento simbólico e espero que em Dezembro de 2019, a UNESCO reconheça esse esforço do povo cabo-verdiana para fazer reconhecer esse Património Imaterial da Humanidade”, assegurou.
Cabo Verde contou com o apoio de Portugal, tendo Paulo Lima, especialista na elaboração de processos de candidatura a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO, estado no país para uma missão de assessoria técnica de apoio à instrução da candidatura.
O país instituiu recentemente no Parlamento o Dia Nacional da Morna, a 3 de Dezembro, dia do nascimento de uma das ilustres figuras da morna do país, B.Leza.