Abraão Vicente explica que a ideia é fazer uma intervenção de fundo e devolver o Centro Cultural à cidade, para que as actividades sejam programadas de modo a que os mindelenses possam ver a infra-estrutura como um local onde podem estar e programar as suas actividades familiares e artísticas.
“Nós tentamos abrir e voltar o edifício para a cidade. Mas sobretudo tentamos redesenhar a parte interna para que tenhamos mais actividades e com maior qualidade. O objectivo principal é aumentar o nível dos projectos. Para além da direcção artística existente cá, a ideia é que o Centro Cultural seja apelativo para que curadores e artistas internacionais venham fazer a residência e percebam que o novo CNAD e o CCM fazem de Mindelo um sitio onde podem fazer projectos de nível internacional. Basicamente, o que nós pretendemos é criar uma infra-estrutura de dimensão internacional para poder se casar com o CNAD”, explica.
Uma das intervenções é a requalificação da zona exterior contígua com o próprio edifício. No interior, algumas salas vão ser requalificadas e haverá espaço para um café cultural.
Outra novidade é que, no futuro, o Clube Náutico servirá de complemento ao Centro Cultural do Mindelo.
“É público que o Clube Náutico é património do Estado, é património do Ministério da Cultura. Tem havido ao longo dos anos um uso essencialmente privado, em que o Clube Náutico está, não só de costas voltadas para a cidade, mas não tem servido o propósito de dinamizar e fazer o complemento com o Centro Cultural do Mindelo. O objectivo a médio logo prazo, quer da Câmara Municipal, quer do Ministério da Cultura é fazer com que o clube náutico estenda espaços de programação nacional”, diz.
Ainda não há uma data para o arranque dos trabalhos, mas Abraão Vicente acredita que a inauguração aconteça no início do próximo ano.