Cabo Verde ultrapassa qualquer factor de pequenez geográfico, para o alcance de uma dimensão mundial, congratula a SCM, em nota enviada à redacção.
“A Morna, como expressão musical, espelha a alma do povo cabo-verdiano e tem levado a identidade do país além-fronteiras de forma contagiante. A nossa maior embaixadora da Morna no mundo, Cesária Évora, seguramente provou esta capacidade extraordinária que a Morna tem”, lê-se na nota.
Para a SCM, esta merecida consagração da Morna reveste-se de transcendental importância, reflectindo "o reforço da união da nação cabo-verdiana à volta dessa expressão musical e com isso o reforço da identidade nacional a confirmar em uníssono, a transversalidade ímpar da Morna, nas relações entre as ilhas, e entre as ilhas e a nossa diáspora, e entre as ilhas, a nossa diáspora e o mundo”.
A SCM acredita ainda que a consagração da Morna a Património Imaterial da Humanidade do Mundo deve ser convertida "num mar infinito de oportunidades" para os autores, compositores, intérpretes, executantes, produtores musicais, e demais actores do sector musical que abraçam a Morna de forma profissional.
“A SCM não tem dúvidas que esta consagração é também um magnífico ganho para a própria protecção legal e o merecido respeito pelos direitos de autor que ficarão reforçados”, refere a mesma fonte.
Antero Euclides Simas Correia e Silva (Antero Simas), Daniel Spencer Brito (Daniel Spencer), Tété Alhinho, Daniel Mariano (Dany Mariano), Rufino Almeida (Bau), Joaquim Andrade (Kim de Santiago), Daniel dos Santos Lobo (Dany Lobo), Homero Manuel da Conceição Fonseca (Homero Fonseca), entre outros "destacados compositores e intérpretes deste emblemático género musical cabo-verdiano" foram membros fundadores da SCM, indica a Sociedade, destacando assim a sua ligação, desde a sua génese, com a Morna.
A SCM relembra ainda que desde o início deu o seu total apoio à "iniciativa extraordinária" da candidatura da Morna a Património Cultural Imaterial da Humanidade, cujo sucesso hoje celebramos.