O presidente da SOCA, Danny Spínola, disse hoje à Inforpress que os artistas que se têm dirigido a esta entidade têm-se mostrado um pouco apreensivos, porque já não têm meios de subsistência, uma vez que os lugares onde actuam estão fechados.
“Isso pesa um pouco na situação económica deles e consequentemente nas suas vidas”, afirma.
Segundo Danny Spínola, o Governo tomou uma “boa medida” em termos gerais, mas falta ainda dar dignidade aos artistas e autores e, a seu ver, uma forma de se fazer isso é ajudá-los nesta situação difícil que enfrentam.
O presidente da SOCA afirma que a sua entidade tem no seu organograma e no seu programa de acção a possibilidade de ter um departamento de apoio aos artistas e autores com atribuição de um fundo social e fundo cultural. Contudo, esse apoio ainda não é prestado, porque a sociedade não tem um orçamento fixo e trabalha apenas com o montante da cópia privada, para distribuição aos artistas e autores, e um montante que é distribuído aos autores que têm alguma obra no mercado e que têm direito de receber pelo uso das suas obras.
“Infelizmente, nós não temos como ajudar os artistas que estão nessa situação, mas vamos ajudá-los de uma forma indirecta, fazendo uma ponte e dialogando com o Ministério da Cultura, mostrando a importância de uma acção deles no sentido de a partir de um fundo autónomo da cultura promover algo que possa ajudar os artistas”, avançou.