Este livro já foi apresentado na cidade da Praia. Segundo uma nota do Centro Cultural de Cabo Verde, esta obra traz histórias de violência no namoro, contadas na primeira pessoa. “Muitas meninas crescem com a percepção de que os relacionamentos são contos de fadas e sempre com final feliz. Entretanto, quando começam a relacionar-se, deparam-se com parceiros que deitam por terra essa teoria, submetendo-se a um relacionamento abusivo”.
Esta obra surgiu depois de várias palestras proferidas pela autora, que tinham por intuito capacitar e dotar os jovens com ferramentas de diagnóstico e de prevenção de comportamentos agressivos nas relações de namoro, dos próprios e/ou dos seus pares. Em quase todos os concelhos do país, a autora quis dar a conhecer a sociedade cabo-verdiana, de como os jovens estão extremamente agressivos nas suas relações afectivas.
“São histórias fortes, com um certo requinte de crueldade, e que toda a sociedade civil deve pôr cobro a situação, de forma que, comportamentos agressivos não se perpetuem nas suas vidas quando adultos”, lê-se na nota.
Miriam Medina, natural da ilha de Santo Antão, é Mestre em Ciências Sociais, Formadora de Formadores, Mediadora de conflitos e activista social.
É mentora, dançarina e presidente do grupo Mon Na Roda, que promove a inclusão de pessoas com deficiência física, por meio da dança desportiva em cadeira de rodas, e representa Cabo Verde em campeonatos Internacionais com excelentes resultados.Por exemplo, o primeiro lugar do ranking mundial conseguido em duas categorias, em 2018.
Além disso, o grupo tem recebido vários prémios e homenagens. Vencedores do prémio Nacional de Direitos Humanos em 2011, Prémio Solidariedade e Voluntariado na Gala Somos Cabo Verde em 2016, Prémio Nacional do Desporto em 2017 e homenageados com a medalha de Mérito pelo Presidente da República, em 2016 e 2019.
Miriam Medina está engajada em vários projectos sociais, o que lhe rendeu a nomeação de Mulher do Ano, na Gala Somos Cabo Verde em 2016. Em 2019 foi distinguida com o prémio “África is More”, e foi vencedora do prémio Nacional de Direitos Humanos na Categoria Activista Social.