Segundo uma nota enviada, o livro está dividido em duas partes distintas. Uma parte poética e outra ensaísta, que pretende desconstruir tudo o que está sendo escrito sobre a pertinência ou a impertinência de uma poesia cabo-verdiana de afro-crioulituide ou de negritude crioula.
“Para tanto, disseca e analisa várias teorias identitárias sobre o caso cabo-verdiano, por muito tempo tido como o paradigma do sucesso da ideologia luso-tropical, inventada por Gilberto Freyre e recuperada para os fins imperiais pelo colonial-fascismo português”, lê na nota.
Conforme a mesma fonte, já na parte poética atribuída a Erasmo Cabral de Almada, o autor privilegia uma postura que se quer portadora de um olhar mordaz sobre a sociedade cabo-verdiana, “as atribulações da sua história e as suas hodiernas indagações identitárias, como nos poemas parábola sobre o castanho sofrimento e a verde insurgência das criaturas das ilhas”.
Com moderação de Adolfo Rodrigues Maria, o lançamento contará com as intervenções de Abílio Bragança Neto e, em vídeo, da professora Simone Caputo Gomes e do professor Inácio Pereira. A sessão integrará um recital com leitura de poemas da obra em apresentação.
José Luís Hopffer Cordeiro Almada é jurista, ensaísta, poeta, analista e comentador político. Natural do concelho de Santa Catarina de Santiago.
´É licenciado em Direito pela Universidade Karl Marx, de Leipzig, na antiga República Democrática Alemã (RDA), e pós-graduado em Ciências Jurídicas, em Ciências Políticas e Internacionais e em Ciências Jurídico-Urbanísticas pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa.