Só ataca o ALUPEC, quem que nunca estudou intensamente o ALUPEC - Abraão Vicente

PorAilson Martins, Rádio Morabeza,21 fev 2022 11:48

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Reabertura do Museu de Arqueologia e a inauguração da exposição “Artefatos com histórias”
Reabertura do Museu de Arqueologia e a inauguração da exposição “Artefatos com histórias” Rádio Morabeza

O crioulo já tem estatuto para ser ensinado e oficializado. Quem o diz é o ministro da Cultura, em declarações proferidas a propósito do dia internacional da língua materna, à margem da reabertura do Museu de Arqueologia.

Abraão Vicente diz que, com o Alfabeto Unificado para a Escrita do Cabo-Verdiano (ALUPEC), é possível escrever todas as variantes do crioulo de uma forma correta.

“E para ter maior dignidade dentro daquele que é o tratamento. Continuamos a ser uma nação incompleta enquanto não reconhecermos a nossa grande criação como Povo que é a língua, com gramatica, léxico e toda a estrutura para ser uma língua nacional também. Agora, eu fujo de todas as polémicas que tentam radicalizar o debate sobre a língua, criando, limitando e encurralando a língua como um debate sobre identidade nacional, sobre qual variante é que tem mais importância. Eu defendo que a inclusão de todas as variantes. Só ataca o ALUPEC, quem que nunca estudou intensamente o ALUPEC. Não é um sistema perfeito, mas o ALUPEC serve para escrever em todas as variantes, de todas as línguas de uma forma correta ”, explica.

Em simultâneo com a reabertura do Museu de Arqueologia, foi inaugurada a exposição “Artefactos com histórias”, no Palácio da Cultura Ildo Lobo.

A exposição centra-se em temáticas gerais da história das ilhas e o seu espaço marítimo na história do mundo, entre os séculos XVI e XX, com artefactos que compõem o património arqueológico nacional.

Abraão Vicente avança que a mostra pode ser requisitada pelos municípios.

"Para que essas peças possam circular, é nossa intenção também fazer uma tour internacional com parte desta exposição, vamos desenhar um núcleo que será itinerante a nível internacional, temos a intensão de levar o núcleo da exposição para Paris, para a sede da UNESCO, exactamente para dar a conhecer aquilo que é o nosso valor patrimonial. Se nós continuarmos guardados em caixa, continuamos com uma narrativa que é bastante limitada daquilo que é o espírito da nação cabo-verdiana. 462 anos de história é muita história, fazemos parte das poucas nações que podem dizer que são centenárias " avança

O Museu de Arqueologia está provisoriamente instalado no Palácio da Cultura, até que sejam efectuadas as obras de requalificação do edifício Rosa, no Plateau, que será a sua casa permanente. 

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Autoria:Ailson Martins, Rádio Morabeza,21 fev 2022 11:48

Editado porAndre Amaral  em  8 nov 2022 23:28

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