De acordo com uma nota de imprensa enviada à nossa redacção, a decisão de aumento de capital foi concretizada na última assembleia geral extraordinária da CVFF, ocorrida a 18 de Dezembro último, da qual também resultou um novo conselho de administração, eleito por unanimidade, agora liderado por Andy Andrade, fundador e promotor da companhia.
“Desde logo, Andy Andrade, que foi o primeiro PCA da história da CVFF, retorna a essa condição em posição muito mais fortalecida enquanto accionista maioritário entre os ‘stakeholders’ privados e conta para já com o apoio da totalidade dos accionistas para conduzir esta nova fase da empresa”, lê-se no documento.
Andy Andrade regressa anunciando o pagamento dos últimos juros de 10% dos obrigacionistas do Grupo A, já no dia 2 de Fevereiro, sendo que, garante, até Julho deste ano os investidores desse grupo terão o retorno do investimento feito em 2009.
“Para mim, essa é a melhor parte de ser o fundador da CVFF, cumprir com os compromissos assumidos”, diz o responsável no comunicado.
O novo PCA terá o apoio no conselho de administração do capitão João Nicolau Monteiro (Operações) e de Aniceto Soares (sector financeiro), “naquilo que se espera ser uma nova fase de modernização e consolidação da companhia”.
A nova administração da Cabo Verde Fast Ferry quer modernizar, consolidar e posicionar a companhia como um parceiro sólido na integração social e económica de todas as ilhas. É este o propósito do novo PCA, que diz já ter dado a conhecer aos funcionários a determinação da nova gestão “em fazer face com sucesso aos novos desafios que se impõem, desde logo, a Concessão de Transportes Marítimos”.
“A nova gestão da CVFF conta apresentar já nos próximos 60 a 90 dias uma série de reformas e melhorias operacionais, com foco no atendimento aos clientes e com vista a reforçar a confiança e imagem da empresa como, também, posicionar a CVFF como um parceiro sólido na integração social e económica de todas as ilhas”, acrescenta.
Quanto ao futuro, a nova gestão quer que seja “risonho, para a empresa continue a contribuir e a liderar a ligação marítima entre as ilhas, condição ‘sine qua non’ para a unificação da economia e do mercado”
Com três barcos a operar em todo o país, a administração acredita que a CVFF está melhor posicionado para garantir ligações regulares entre as ilhas, num mercado que espera ter “regras iguais para todos”.
A Rádio Morabeza e o Expresso das Ilhas tentaram ao longo do dia, em diversas ocasiões, ouvir o novo PCA da CVFF e também o Governo, mas até ao momento não foi possível obter qualquer reacção às mudanças na empresa.