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No final da cerimónia de privatização, o presidente do sindicato dos pilotos da TACV, Ricardo Abreu, mostrava-se optimista quanto ao futuro da empresa.
"As perspectivas são boas. Enquanto representante dos pilotos só tenho a dizer que agradecemos esta nova fase em que estamos a entrar. Vai ser muito bom para a nossa classe. Até há dois anos tínhamos mais pilotos a trabalhar fora ou no desemprego e isso agora está a prometer mudar de direcção", disse Ricardo Abreu.
Quanto ao anúncio feito pelo Primeiro-ministro, de que vai haver formação de novos pilotos para serem, depois, integrados na TACV, Ricardo Abreu disse que o problema que a companhia aérea estava a atravessar e que fez os pilotos ficarem em casa era a falta de aviões. "No entanto, como já vimos, todos os anos vão estar a entrar novos aviões e cada avião precisa de seis tripulações de cockpit. Quando falo de tripulação, é um comandante e um co-piloto, Portanto, cada avião vai precisar de 12 pilotos. É só fazer as contas, para ver de quantos pilotos vamos precisar. De momento, temos 40 pilotos no activo. O projecto é termos 12 aviões em cinco anos, por isso, vamos ter de formar e, se calhar, vamos ter mercado para os pilotos que foram obrigados a emigrar para fora de Cabo Verde", concluiu.
De recordar que o governo e a Loftleidir Cabo Verde assinaram esta sexta-feira o acordo de privatização da TACV. Com este acordo, a Lofleidir Cabo Verde, subsidiária da Loftleidir Icelandic, compra 51% do capital da TACV, ficando os restantes 49% na posse do Estado. Entretanto, durante o discurso que fez no final da cerimónia, o Primeiro-ministro anunciou que ainda este ano o Estado vai colocar à venda 10% do capital que possui na empresa e que as acções a serem vendidas se destinam aos funcionários da TACV e emigrantes.
