Spencer Lima afirma que os custos de insularidade de Cabo Verde não são problema de empresas privadas, mas antes uma responsabilidade do governo.
“As reivindicações feitas pela gente de São Vicente, mesmo a reivindicação feita pela Praia, no que diz respeito à conexão internacional dos voos, são legítimas e o governo não pode lavar as mãos nesta questão. Continua a ter as suas responsabilidades na unificação do território nacional. Essas questões têm que ser vistas, têm que ser estudadas e tem que encontra-se uma solução. A solução existe é preciso é estudar. No quadro dessa privatização, faltam esses dois processos por resolver”, diz.
O governo e a Loftleidir Cabo Verde assinaram a 1 de Março o acordo de privatização da TACV. Os novos accionistas pagam 1,3 milhões de euros (143 mil contos) por 51% do capital da empresa. O valor patrimonial da foi estabelecido no montante de 9,2 milhões de euros.
O fim da operação da TACV para São Vicente aconteceu em Setembro de 2017, por decisão da gestão da empresa. A retoma dos voos, tal como acontecia até Setembro de 2017, tem sido uma exigência, nomeadamente, dos operadores económicos, os mais afectados pela medida.
O Governo tem dito que a decisão de abertura de rotas é uma responsabilidade da Cabo Verde Airlines (ex-TACV), com base em critérios de rentabilidade. Mais recentemente, o executivo disse estar disponível para estudar mecanismos de compensação para rotas consideradas estratégicas para o país.