De acordo com um comunicado emitido segunda-feira pelo banco central, o objectivo principal é reduzir o corredor das taxas das facilidades permanentes de liquidez, diminuindo o intervalo de flutuação das taxas overnight, garantindo, praticamente, a simetria das taxas de facilidades permanentes em relação à taxa directora.
A instituição decidiu também pela indexação da taxa das Facilidades Permanentes de Absorção de liquidez (FPA) à Taxa Directora.
A Taxa Directora mantém-se nos 1,50%. Igualmente inalteradas, a Taxa da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez (0,1%) e a Taxa de Redesconto (5,50%).
As alterações entram hoje em vigor.
“As medidas ora adoptadas visam, essencialmente, aprimorar o quadro operacional da política monetária do BCV, reforçando o canal de juros, assumindo-se como uma medida de carácter essencialmente técnico, com vista ao aperfeiçoamento do mecanismo de transmissão monetária, mas que tem o potencial de reforçar a orientação da política monetária para um maior estímulo ao crédito e ao crescimento económico”, explica a instituição.
De acordo com o banco central, as alterações traduzem um esforço de alinhamento do quadro operacional da política monetária à teoria e às melhores práticas internacionais, implicando, simultaneamente, um realinhamento da taxa de cedência nacional às taxas internacionais relevantes para o país, em especial às da Zona Euro.
“A redução da taxa das facilidades permanentes de cedência de liquidez em 150 pontos base poderá resultar, ceteris paribus , num aumento marginal do crédito à economia em 2019 e 2020 e mais significativo em 2021”, lê-se.
O BCV salienta que os impactos almejados destas medidas serão melhor sucedidos se combinadas com a implementação eficaz de outras medidas de política económica de carácter estrutural, visando o aperfeiçoamento do canal do crédito, enquanto canal transmissor dos impactos da política monetária.
Leia o comunicado do BCV: