Jorge Benchimol falava a propósito das celebrações dos 80 anos do primeiro voo comercial para o Sal, a assinalar-se no dia 15 de Dezembro, próximo, tendo a ASA um leque de actividades programadas para marcar a efeméride.
“De uma tendência decrescente de tráfego e de volume de negócios, tivemos uma inversão com um crescimento acima de 14 por cento (%) nos últimos dois anos”, realçou, elucidando que mais de 40 mil aviões por ano são geridos pelo Centro de Controlo do Sal, e que esse volume anual “tem estado a crescer”.
“Mas sobretudo, temos vindo a registar uma maior remuneração por cada sobrevoo. São elementos importantes e que fazem com que, de facto, o nosso volume de negócios na FIR Oceânica tenha registado, nos últimos dois anos, números bastantes expressivos”, reiterou.
“Que nos colocam a níveis que já tivemos no passado, nomeadamente em 2012, que foi o pico, e neste momento voltamos a ter valores semelhantes aos anos 2011/2012”, frisou o responsável.
Tendo isso em linha de conta, Jorge Benchimol considerou que a gestão da FIR Oceânica do Sal é uma das “maiores responsabilidades internacionais”, que Cabo Verde enquanto país tem.
“Nós gerimos um espaço de cerca de um milhão e duzentos mil quilómetros quadrados, e é uma responsabilidade internacional receber e entregar tráfego de todos esses sobrevoos. São sobrevoos, mas também são voos com origem e destino em Cabo Verde”, explicou.
A FIR (região de informação de voo) é um espaço aéreo delimitado verticalmente desde o chão ou nível médio do mar até o ilimitado e lateralmente pelas FIR de Dakar, Canárias e Santa Maria dos Açores.
A celebração do 80º aniversário do primeiro voo comercial para o Sal está a ser marcada por um conjunto de eventos culturais dentro do aeroporto, designadamente exposições de arte, shows, entre outras actividades.