Alexandre Monteiro, que falava à imprensa, esta segunda-feira na Cidade da Praia, à margem da audição na Comissão Especializada de Economia, Ambiente e Ordenamento do Território do Parlamento deixou entender que o Governo vai privatizar a Electra ainda nesta legislatura.
“Estamos a trabalhar para isso [privatização da Electra]", afirmou o governante, acrescentando que a assistência técnica disponibilizada pelo BM vai indicar não só a estratégia, como também o cronograma para o efeito.
Segundo o ministro, já existe um estudo de base sobre a privatização da empresa de produção de energia e água.
Para Alexandre Monteiro, a privatização em si é um “processo complexo”, pelo que há a preocupação de, no caso da empresa de produção de electricidade, se garantir o programa de transição energética que o país está a seguir.
Por outro lado, deixou entender que em termos de preparação da privatização da Electra “muitas coisas já foram feitas”, nomeadamente no domínio dos activos da empresa e negócio da energia e água em Cabo Verde.
Questionado sobre o excedente de energias renováveis no Sal, Alexandre Monteiro explicou que neste momento a ilha se confronta com “limites técnicos”, pelo que em 2020, adiantou, está previsto um “projecto piloto de instalação de um sistema de armazenamento de energia de cerca de um magawat” para depois ser injectada na rede.
“Face a intermitência do sol e vento, precisamos de soluções tecnológicas para com que não haja excedentes”, explicou o ministro da Energia, acrescentando que tal situação acontece a nível nacional.
Relativamente ao orçamento do seu Ministério para 2020, assegurou que este está em conformidade com as “linhas orientadoras” do Orçamento do Estado aprovado agora na generalidade pelo Parlamento, na última sessão plenária de Novembro.
O seu departamento governamental é contemplado com um montante de 291 mil e 500 contos, sendo que 169 mil contos se destinam a investimentos e 122 mil contos para funcionamento.